quarta-feira, 23 de junho de 2010

Festas de S.João e da Cidade do Entroncamento

Agora que o último morteiro do fogo de artifício rebentou e chegaram ao fim as Festas de S.João e da Cidade do Entroncamento é altura de reflectir um pouco sobre as mesmas.

Este tipo de festa, seja ela no Entroncamento ou em qualquer outra cidade, vila ou aldeia são momentos de reencontro de amigos, momentos de descontração e esquecimento de adversidades, mas numa altura em que o país passa por sérias dificuldades financeiras e por cá até próprio presidente da câmara se mostra preocupado com a dívida da câmara, efectuar 7 (sete) dias de festa e com o elevado nível do cartaz é absolutamente incompreensível, julgo que teria sido prudente alguma moderação nas mesmas.

Assim, sem mexer no nível do cartaz, que no fundo é o que puxa mais as pessoas, a redução de 2 (dois) dias era o mínimo que se poderia fazer para dar também um sinal de contenção de quem gere o dinheiro que é de todos e estou certo que se as contas da festa fossem do conhecimento público as pessoas compreenderiam alguma redução que fosse necessário fazer. Alguns muito rapidamente dirão que essa poupança seria uma ninharia, mas possivelmente aqueles que habitualmente têm facturas por receber da câmara não terão o mesmo entendimento. E a propósito disso termino com uma questão chocante e imoral:

A Câmara paga aos artistas com a mesma celeridade que paga aos seus habituais fornecedores?

Ass. Paulo Bica

4 comentários:

  1. Muito bem reduziamos em 2 dias a festa!! E diga me lá começava ao Domingo ou acabava no dia 22, 2 dias antes o dia do padroeiro da cidade.
    Pense antes de falar!!!

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  2. Caro Anónimo,

    Verifico que gosta muito de festa e só de pensar na sua redução lhe provoca azia, mas felizmente há mais pessoas com bom senso e o feedback em relacção a esta matéria tem sido muito positivo.

    Relativamente ao arranjo a dar às datas, de tão óbvio que é, que nem perco tempo com isso, mas há um ponto que tenho de lhe dar razão: pensar antes de falar. É que, como quando diz o povo "Com papas e bolos se enganam os tolos!", tenho de procurar encontrar as palavras certas e reconheço que não é tarefa fácil isto de fazer ver certas coisas, quando as próprias pessoas não as querem ver.

    Mas como não há machado que corte a raíz ao pensamento, como diz a canção, aqui estarei quando o entender e como o entender para dizer o que penso, acolhendo com simpatia e entusiasmo as tentativas de silenciamento e intimidação que começam a surgir.

    Saúde da boa!

    Paulo Bica

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  3. Eu como cidadão e tendo em conta que a minha família paga uma fortuna em impostos (directos & indirectos) e que na pratica a única coisa de jeito que a autarquia faz a nível de eventos para todos é as festas de S. João e da Cidade, a única altura em que a população de facto tem algum lado para um pouco de descontracção e conviver e ainda ver alguns daqueles artistas que aparecem na televisão.

    A festa ser reduzida em 2 dias? Devia era ser estendida para 15 dias, talvez com alguns dias em que só havia DJ's e espectáculos diversos mais baratos mas sempre com pelo menos 4 ou 5 cantores de renome em dias com mais impacto tipo sextas e sábados. Tal iria fazer com que as pessoas se pudessem descontrair e conviver mais e às associações e empresários presentes na festa puderem facturar mais e terem assim mais fundos (associações) para puderem realizar as suas actividades ao longo do ano.

    Ao contrário de outras localidades as empresas locais não promovem qualquer festa ou algo parecido com tal, pelo que se a câmara não o fizer, ninguém o fará.

    É pena que não protestem antes contra o dinheiro gasto em campos de futebol (o Entroncamento já tem quê? Uns 3 campos de futebol?)... que não protestem pelo facto de a água ser adjudicada aos privados e com o consecutivo aumento como se de repente a água bem essencial fosse quase o mesmo que ouro... ela continua a cair do céu ao mesmo preço mas o preço a que é levada à torneira parece ter disparado até ao céu.... tem sido os melhores mandatos até agora a nível de obras reais que de facto beneficiam a população, embora discorde com algumas obras (como aquelas rotundas ali antes da ponte perto dos bombeiros) no geral a cidade tem vindo a melhorar para quem passeia, para quem tem carro esta cidade é cada vez mais o "inferno" porque o presente executivo está apostado em acabar com todo o estacionamento e aquele que sobra a ser taxado (claramente algo que vem tirando cada vez mais e mais clientes às lojas e consequentes encerramentos cada vez mais frequentes até de lojas com produtos de qualidade).

    Deveriam protestar pela falta de um grande centro comercial na cidade, muitas mulheres nesta cidade se queixam de que para irem a um centro comercial de jeito tem de ir até Santarém/ Lisboa/ Leiria/ Torres Novas... isto do E.Leclerc conseguir aparentemente pressionar(??) a câmara para não deixar construir hipermercados e tal tem de acabar. Quanto ao comércio local? Ganhava bastante em poder reabrir as suas lojas num centro comercial com estacionamento gratuito, com boas condições e com CLIENTES para os manter a funcionar e a dar trabalho.

    Os artistas recebem antes e só depois actuam pois não são tão idiotas como algumas empresas que ainda fornecem as câmaras sem pagamento antecipado (ou com boas garantias bancárias de como tem o dinheiro assegurado). Mas também não tenho muita pena das empresas... se são pequenas deveriam obrigar a câmara à muito a pagar antes ou recusar servi-la, e as grandes já metem margem para poderem estar a arder durante 2 ou 3 anos à espera do dinheiro que deviam receber em 30 dias.

    E não me lembro de ter visto o CDS a concorrer ao município.

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  4. Caro Anónimo (II),

    A questão abordada neste tópico, é a pertinência dos elevados gastos com a festa no contexto duma situação de crise financeira do país em que até o próprio presidente da CME se confessa preocupado com a dívida da câmara e a redução de 2 dias é uma idéia, é um ponto de vista, não sou fundamentalista e o que importa aqui é fazer a reflexão sobre a melhor forma de efectuar a contenção de custos e se os custos das festas fossem transparentes e demonstrado às pessoas a necessidade de alguma contenção, penso que seria bem aceite.

    O facto de aos artistas ser pago a pronto e aos pequenos fornecedores com um prazo bastante alargado, é uma situação que me choca e incomoda. Estes não protestam, porque os tempos são de escassez de encomendas e têm de se sujeitar, mas que é uma situação imoral é, e convinha ser rectificada.

    Quanto a não se recordar do CDS ter concorrido ao município, mais informo que apenas não concorreu nas últimas eleições autárquicas e estou em crer que não tornará a perder por falta de comparência.

    Agradeço o seu contibuto na abordagem alargada que fez, no entanto como o que aqui apenas está é causa são as festas, os outros assuntos apesar de pertinentes ficarão para outra oportunidade.

    cumps.
    Paulo Bica

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