terça-feira, 9 de novembro de 2010

Paulo Portas exige orçamento mais equilibrado durante visita à Golegã


O CDS/PP vai apresentar cinco propostas de correcção ao orçamento de Estado para 2011 em áreas que considera prioritárias, durante a discussão na especialidade.

“Onde nos propormos a colocar mais um euro, diremos em contrapartida quais são as despesas secundárias ou inúteis que podem ser cortadas, de modo a não agravar o défice e garantir uma maior justiça social”, explicou Paulo Portas no sábado, 6 de Novembro, durante uma visita à Feira Nacional do Cavalo, que decorre na Golegã até dia 14.

Os centristas vão propor um corte de 60 milhões de euros na publicidade do Estado, nas deslocações e nos eventos públicos de modo a, “pelo menos, actualizar as pensões mais baixas ao nível da inflação”, disse o líder do partido, para quem “congelar reformas de 189, 229 e 246 euros é uma barbaridade social que atinge directamente os idosos”.

Em segundo lugar, Portas disse que o partido vai avançar com a proposta de um corte de 80 milhões de euros nas aquisições de bens e serviços do Estado “de modo a que as famílias de classe média / baixa possam manter o abono de família”.

Outra área em que o CDS/PP vai tentar intervir está relacionada com as Instituições Particulares de Solidariedade Social que celebraram contratos com o Estado para a construção de lares, centros de dia e creches.

“De repente, vêem-se confrontadas com um IVA a 23%, quando antes estavam isentos”, sublinhou, mostrando-se preocupado com a capacidade das instituições em concretizar as obras.

Portas referiu-se ainda à retirada de verbas para os contratos entre o Estado e as instituições de ensino particular, que vai “prejudicar dezenas de milhares de alunos e milhares de funcionários onde o Estado não assegura a escola pública”, e alertou que “Portugal vai perder novamente fundos comunitários para a agricultura, com a verba que está inscrita no orçamento”.

O líder centrista chamou ainda “incompetente” ao anterior ministro da Agricultura, Jaime Silva, por ter permitido que a Comissão Europeia exija a devolução de 45 milhões de euros referentes às campanhas de 2006 e 2007.

“Portugal tem uma taxa de desperdício de fundos para a agricultura que ronda os 12%, quando é média europeia é apenas de 2%”, avisou, sublinhando que “isto é deitar dinheiro fora”.


do jornal regional online a 07/11/2010 http://www.oribatejo.pt/



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